As características humanas na visão da Medicina Ayurvédica

As caracteristicas humanas na visao da Medicina AyurvedicaSegundo a Medicina Ayurvédica o ser humano recebe duas influências que dirigirão sua vida desde que nasce. Uma influência genética e outra energética, estas são denominadas PRAKRUTTI. A influência energética estrutura o ser, definindo a mente, o corpo e o caráter. Esta estrutura recebe a influência dos elementos em proporção pessoal e singular definida pelas influências cármicas. É a constituição física e psicológica individual, também denominada “natureza” e determinada no ato da concepção. Cada constituição pessoal foi determinada pelo estado em que os pais se encontravam física, mental e espiritualmente no momento da concepção do bebê. O Prakruti é influenciado pela genética dos pais, tanto quanto pelos hábitos e dieta da mãe durante a gestação. O conjunto de tendências metabólicas, que determina como o corpo e a mente reagirão instintivamente, quando são confrontados por estímulos é o Prakruti.

 

Definindo qual é a constituição de nascimento, pode-se conhecer melhor cada indivíduo. Aprende-se que não é necessário sentir que está errando, por ter preferências alimentares ou quando sente medo ou raiva. Quando é compreendido que estas características são determinadas pela constituição através da combinação dos cinco elementos, mudanças importantes no estilo de vida poderão auxiliar o organismo a minimizar estas influências. Definir o Prakruti auxilia imensamente tanto à prevenção quanto ao tratamento de doenças. Esta condição natural, o Prakruti, mantém-se estável ao longo da vida, como a cor dos olhos, por exemplo.

 

Quem sou eu? a soma de tudo que penso e sinto

Quem sou euUm corpo físico que tem sensações e necessidades fisiológicas? Um corpo energético que  Um corpo emocional com desejos e emoções? Um corpo mental com idéias e conceitos? Uma centelha divina que habita todos estes corpos? Estas perguntas precisam ser respondidas para compreendermos quem somos e o que viemos fazer aqui. Desde muito criança comecei a fazer perguntas sobre o sentido da vida. Com o passar dos anos e vivências de novas experiências fui encontrando respostas provisórias que davam sentido a minha existência e principalmente FORÇA para enfrentar as dificuldades que se apresentam em cada fase: perdas, enfermidades, conflitos, …etc. Existe no mundo uma infinidade de livros Sagrados e filmes fundamentados em visões aparentemente diferenciadas da vida, cada uma delas oferece conhecimentos que nos auxiliam a compreender uma peça do grande quebra-cabeça  da história de nossas vidas. Adquira conhecimentos e aumente sua percepção sobre suas experiências, assim também encontrará os recursos necessários para lidar com seus enfrentamentos. Ao percorrer este caminho encontrei a paz e o equilíbrio que buscava. Para entender estas idéias através da Físi quântica leia:O conceito-de-projeção-entendido-a-luz-da-fisica-quantica

 

Os Desejos

Os desejosO corpo emocional se expressa através dos desejos que manifesta, é a atração ou a repulsão que sentimos por determinados objetos que muitas vezes orientam nossas escolhas e moldam o tipo de vida que levamos. Por isso, os tipos de desejos que temos mais constantemente, e com os quais ocupamos nossos pensamentos e energias, podem nos ajudar a reconhecer quem somos, principalmente o egoísmo ou o altruísmo que desenvolvemos, a força dos nossos desejos ou da manifestação da vontade que dirigimos em direção a Deus.

 

Desejos diferenciados se manifestam em cada um dos estágios da evolução espiritual. As características dos desejos que dormem em potencial no corpo emocional são: intensidade, instabilidade, insaciabilidade, perenidade, irracionalidade e exclusividade.

 

Intensidade: Uma das características do desejo é a força que exerce sobre os outros corpos, o desejo passa a dominar nossos pensamentos, emoções e comportamentos. O desejo nos aprisiona e nos leva a viver para buscar a sua satisfação.

 

Instabilidade: O desejo varia segundo as circunstâncias, nós não temos controle sobre ele. Por isso, aparece sem que nos apercebamos e vai embora da mesma forma, quando outro objeto mais atraente nos chama a atenção.

 

Insaciabilidade: Enquanto sentimos um forte desejo por um objeto não conseguimos nos satisfazer completamente, sentimos uma tendência a buscar a satisfação em um movimento contínuo e repetitivo.

 

Perenidade: O desejo tem um tempo de validade geralmente curto. Quando nos sentimos donos do objeto que nos interessava perdemos o desejo de Possuí-lo.

 

Irracionalidade: Não conseguimos entender racionalmente porque estamos desejando ou porque deixamos de desejar, apenas somos invadidos pelos desejos.

 

Exclusividade: Enquanto nos fixamos no objeto de nosso desejo colocamos o compromisso que tínhamos assumido em segundo ou terceiro plano.

 

Conhecermos estas características pode nos ser útil para exercitarmos o domínio sobre os nossos desejos e nos libertarmos. A liberdade de escolha que comumente conhecemos por livre-arbítrio se amplia à medida que nos tornamos senhoras ou senhores dos desejos que habitam no corpo emocional. Enquanto somos governados ou desgovernados por eles seremos prisioneiros de nós mesmos, com poucas opções de escolhas, uma vez que estaremos subjugados pela força escravizante dos desejos.

 

Assim, a busca do prazer nos faz desviar-nos da meta, ela é fonte de ilusão. Nós nos apegamos ao reflexo e perdemos a luz. A terapia proposta por Fílon para tratar aquilo que ele considera “patologia” vai começar pelo “domínio dos sentidos”, porque “os sentidos geram o prazer”, e o prazer é um dos grandes fatores de alienação da criatura humana. Todas as realidades exteriores podem exercer decisiva ascendência sobre o ser humano e reduzi-lo à escravidão, os amigos do dinheiro procuram o dinheiro, e os amigos da consideração procuram a consideração, e é isto que os caracteriza. Pois entregaram o melhor ao pior, a alma às realidades inanimadas. Não se trata, para Fílon, de mutilar-se, nem de renunciar ao uso dos sentidos, mas de aprender a moderação. O que o aflige intensamente, nos banquetes pagãos, que denuncia vigorosamente, é a falta de medida, a devassidão que tira do ser humano os seus traços humanos. Não é mais senhor dos próprios sentidos e dos prazeres que os alimentam; está subjugado pelos sentidos. Aí só existe loucura, ou no mínimo uma “desordem”: o animal tornou-se senhor a quem deveria servir (LELOUP, 2009, p. 74).

 

No ocidente, vivemos em uma cultura que sobrevive do culto aos desejos; a indústria e o marketing trabalham todos os dias para nos convencer de que para sermos felizes precisamos consumir os novos objetos que chegam ao mercado. Desta maneira, para alimentar o sistema capitalista somos ensinados a associar alegria e felicidade à satisfação de desejos.

 

No caminho inverso ao incentivado pela cultura capitalista, encontramos aqueles que resolveram renunciar completamente aos desejos, se tornando indiferente e desprezando qualquer tipo de prazer.

 

Muito comumente encontramos esta atitude em pessoas que são movidas por duas razões diferentes. Percebemos uma rejeição aos desejos entre aqueles que buscam a espiritualidade, pessoas que negam seus desejos e se tornam alheias às emoções por considerarem que elas podem enganá-los e lhes conduzir para vivências degradantes. Para alguns espiritualistas, o corpo emocional e suas emoções são inferiores ao corpo mental e seus pensamentos.

 

Outro grupo de pessoas que rejeitam o prazer e as emoções é o formado por pessoas que se frustraram afetivamente, e que ao perder o objeto de seu desejo se sentem tão arrasadas que para não mais sofrer decidem nunca mais ter prazer e ou mesmo se emocionar.

 

O comportamento de negar totalmente os desejos pode ser tão destrutivo para a alma quanto o de se entregar completamente a eles, uma vez que as duas opções impossibilitam o aprendizado que precisamos ter sobre o domínio dos nossos desejos e as emoções, processo que requer experiência e reflexão. Além do que a energia do desejo é a mesma da vontade, com a qual podemos realizar nossos objetivos.

 

Este texto é do Livro Saúde Emocional em que explico os caminhos que utilizo para reconhecer e transformar as emoções e sentimentos que me adoecem em bálsamos que alimentam minha caminhada espiritual.

A influência do pensamento sobre a Saúde

A influenciaNo último final de semana (22 e 23 de agosto/14) participei da III Jornada da Associação Médico Espírita da Paraíba. O tema foi “NEUROCIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE – Interface entre o Cérebro e as Emoções”. O evento foi de suma importância para quem busca compreender o ser humano em sua multidimensionalidade. Médicos e outros profissionais filiados a AME apresentaram pesquisas científicas que comprovam verdades demonstradas por tradições espirituais diversas. Um dos pontos mais altos foi a demonstração de resultados cientificamente comprovados de que o cérebro tem diferentes áreas ativadas de acordo com o conteúdo do nosso pensamento. Os expositores se basearam no resultado de pesquisas em que foram monitorados o funcionamento do cérebro de pessoas que eram propositadamente estimuladas a pensar de maneiras variadas. Com o experimento constatou-se que a qualidade do que pensamos estimula áreas responsáveis por diferentes tipo de neurotransmissores, o que interfere diretamente no funcionamento do sistema nervoso que é responsável pela regulação do nosso complexo sistema corporal. Esta realidade é um passo muito importante para ampliarmos a visão que temos sobre doença e os caminhos para compreendê-la e recuperar nossa saúde.

 

Os elementos nos nossos corpos segundo a Ayurveda

Os elementos do nossos corposSegundo a Ayuveda tudo que existe no universo é constituído por 5 elementos: os MAHABHUTAS são formados inicialmente através de uma forma sutil até a mais densa. O Éter (AKASHA) transforma em ar (VAYU), através do atrito, transforma-se em fogo (TEJAS), que pela fusão transforma-se em água (APA), que por meio da densificação transforma-se em terra (PRITHIVI).

 

Os Mahabhutas constituem o nosso corpo. Os espaços dentro dele são manifestações do elemento Éter: espaços no nariz, na boca, no trato digestivo e no trato respiratório, no abdome, no tórax, nos vasos sanguíneos, nos tecidos e nas células. O elemento Ar é o elemento do movimento. Tudo que se movimenta no corpo, músculos, pulmões, células, impulsos nervosos, é governado pelo Ar corporal. Na natureza, o Sol é a fonte do Fogo e da luz. No ser humano, o elemento Fogo é produzido pelo metabolismo. Manisfesta-se na temperatura do corpo, na digestão, na inteligência e na visão. e tendões. O elemento Água é considerado tão importante que no corpo é chamado de Água da Vida; é fundamental para o pleno funcionamento de órgãos e tecidos. Manifesta-se nos sucos digestivos, nas secreções das glândulas, no sangue. Do elemento Terra derivam todas as substâncias sólidas como a pele, cabelos, unhas, dentes, ossos, músculos e tendões.

Veja a Oficina de Ayurveda que ofereceremos no carnaval.